O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) divulgou o Boletim do Suíno de novembro, destacando importantes movimentações no mercado da suinocultura. O mês foi marcado por preços recordes para o suíno vivo e para a carcaça no atacado, além de mudanças na competitividade frente a outras proteínas.
Mercado de novembro e recordes históricos
Em novembro, os preços do suíno vivo atingiram as máximas nominais da série histórica do Cepea, iniciada em 2002, em todas as regiões monitoradas. No atacado da Grande São Paulo, a carcaça suína também foi comercializada nos maiores valores registrados desde o início da série histórica, em 2009.
Exportações e recorde anual
As exportações brasileiras de carne suína, incluindo produtos processados e in natura, apresentaram queda em novembro devido ao menor número de dias úteis (19 dias). No entanto, o acumulado entre janeiro e novembro de 2024 já supera o total embarcado em 2023, configurando mais um recorde anual para o setor.
Preços e insumos no mercado interno
Os preços médios do suíno vivo no mercado independente tiveram expressiva valorização de outubro para novembro na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba). Por outro lado, os insumos utilizados na atividade apresentaram comportamentos distintos. O milho, cotado na praça de Campinas (SP), registrou alta, mas menos intensa do que a do suíno vivo. Já o farelo de soja teve recuo na média mensal.
Competitividade frente às carnes bovina e de frango
Em novembro, a carne suína alcançou o maior nível de competitividade frente à carne bovina desde junho de 2023. Apesar da valorização do suíno, os preços do boi gordo subiram com ainda mais intensidade, favorecendo a competitividade da proteína suinícola. No entanto, em relação à carne de frango, a suína perdeu competitividade ao longo do mês.
O boletim completo está disponível no site do Cepea, com análises detalhadas sobre os preços, exportações e tendências do setor.
Fonte: Portal do Agronegócio