De acordo com informações da TF Agroeconômica, os principais contratos de milho na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3) encerraram a quinta-feira (12) em baixa, impactados pelo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O documento revelou números de exportação abaixo do esperado, pressionando as cotações do cereal. Na última semana, os EUA exportaram 946,9 mil toneladas, volume 45% inferior ao da semana anterior e 32% abaixo da média das últimas quatro semanas. Essa desaceleração trouxe reflexos negativos para o mercado brasileiro, com quedas de até 1,64% nos contratos futuros.
O contrato para janeiro/2025 registrou queda de R$ 0,85, fechando a R$ 75,53, embora ainda acumule alta de R$ 3,21 na semana. O contrato de março/2025 recuou R$ 1,06, encerrando o dia a R$ 74,38, com valorização semanal de R$ 2,59. Já o vencimento de maio/2025 apresentou baixa de R$ 1,07, cotado a R$ 72,65, mas mantém um ganho acumulado de R$ 1,69 na semana.
Os números de exportação frustrantes divulgados pelo USDA refletem uma demanda enfraquecida no mercado global, especialmente pelo milho americano. Essa perspectiva tem influenciado negativamente o mercado brasileiro, apesar de as altas semanais indicarem uma resiliência relativa. A pressão exercida pelo mercado internacional reforça a importância de acompanhar os desdobramentos das exportações e os impactos no mercado interno. A volatilidade deve continuar no curto prazo, especialmente à medida que novos relatórios e tendências climáticas forem divulgados.
Em Chicago, o mercado de milho fechou em baixa devido à redução nas vendas semanais nos EUA. O contrato de março, referência para a safra de verão brasileira, recuou 1,06%, fechando a $443,50 por bushel, enquanto o de maio caiu 0,99%, encerrando a $451,00 por bushel.
Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems