O mercado físico do boi gordo encerrou a semana com os frigoríficos ausentes da compra de gado em meio às avaliações dos impactos que podem surgir diante das novas tarifas adicionais de 50% que os Estados Unidos pretendem implantar ao Brasil a partir de 1 de agosto.
De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, o mercado futuro do boi também apresentou intenso movimento de queda, especialmente na quinta-feira (10), considerando a relevância dos norte-americanos nas compras brasileiras, que em 2025 respondem por aproximadamente 15% das vendas nacionais de carne bovina.
“Diante do aumento da tarifação, o Brasil perderá competitividade em relação à Austrália, Argentina e Uruguai. Se não houver mudanças até o final do mês, a expectativa é de perda de participação do Brasil no mercado norte-americano”, sinaliza.
Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim em 11 de julho em comparação ao dia 4:
O mercado atacadista se deparou com preços mistos no decorrer da semana, avalia Iglesias.
Segundo ele, o ambiente de negócios sugere algum espaço para reajustes no decorrer da primeira quinzena do mês, período pautado por maior apelo ao consumo.