A valorização do leite no mercado em 2024 contribuiu diretamente para o aumento do consumo de rações voltadas à pecuária leiteira. Segundo levantamento do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), a cadeia demandou 6,8 milhões de toneladas de rações no ano — crescimento frente às 6,67 milhões de toneladas registradas em 2023. O número atualiza as projeções anteriores da entidade, que estimavam consumo de 6,43 milhões de toneladas, conforme o Anuário Leite 2024.
Apesar de o volume representar um avanço, a pecuária leiteira ainda tem participação modesta no total de rações prontas comercializadas no país. O setor continua sendo liderado pela avicultura, que em 2024 respondeu pelo maior volume de consumo: 37,1 milhões de toneladas para frangos de corte e 7,35 milhões para aves poedeiras. Em seguida, a suinocultura absorveu 21 milhões de toneladas.
Somando as rações destinadas à pecuária como um todo — englobando tanto leite quanto corte —, o volume alcança 13,8 milhões de toneladas. Desse total, 7,01 milhões foram voltadas à pecuária de corte. A aquicultura aparece com 1,76 milhão de toneladas, enquanto a alimentação de pets (cães e gatos) representou 4,01 milhões de toneladas.
Ao todo, a produção nacional de rações em 2024 totalizou 86,4 milhões de toneladas, avanço de 2,6% em relação ao ano anterior. Já o sal mineral, amplamente utilizado no manejo nutricional do rebanho, somou 3,61 milhões de toneladas no mesmo período.
De olho no desempenho do mercado, o Sindirações projeta novo crescimento para 2025. A expectativa é de uma expansão de 4%, o que elevaria a produção total para cerca de 90 milhões de toneladas de rações no país.
Fonte: O Presente Rural com informações Anuário de Leite 2025-Embrapa Gado de Leite