O mercado de trigo continua apresentando pouca movimentação no Sul do país, segundo análise da TF Agroeconômica. Os negócios seguem restritos, com compras esporádicas e preços que variam conforme a qualidade do grão, localização e forma de pagamento.
Rio Grande do Sul: mercado travado e exportações pontuais
No Rio Grande do Sul, o cenário é de mercado travado. As negociações estão concentradas para embarques em setembro, com algumas compras pontuais previstas para agosto.
O mercado de exportação voltou a apresentar movimento com 8 mil toneladas negociadas para embarque em dezembro, a R$ 1.300,00 sobre rodas no porto, com cláusula de possível deságio de 20% caso o produto seja utilizado para ração.
Internamente, os moinhos relatam baixa margem de lucro e afirmam que os estoques atuais são suficientes até a nova safra. Em Panambi, o preço pago ao produtor permaneceu estável, em R$ 70,00 por saca.
Santa Catarina: estabilidade e cautela nas compras
Em Santa Catarina, o mercado mantém um cenário de estabilidade. Os moinhos estão operando com seus estoques e comprando apenas volumes pontuais.
Paraná: mercado cauteloso e leve recuo nos preços ao produtor
No Paraná, o ambiente é de maior cautela por parte dos compradores e vendedores.
Os preços médios pagos aos produtores recuaram 0,16% na semana, ficando em R$ 77,07 por saca. No entanto, com o custo de produção estimado em R$ 72,89, a margem de lucro subiu para 5,73%.
Resumo
Enquanto o mercado de trigo segue lento no Sul do Brasil, os preços mostram poucas variações e os moinhos mantêm uma postura de cautela, priorizando o uso de estoques. A nova safra ainda gera incertezas, principalmente em Santa Catarina, e a valorização do dólar tem impacto direto sobre o custo do trigo importado no Paraná.
Fonte: Portal do Agronegócio