O dólar iniciou esta quinta-feira (16) em queda, enquanto os mercados acompanham negociações entre Brasil e Estados Unidos sobre tarifas e as tensões comerciais entre Washington e Pequim. Ao mesmo tempo, dados de atividade econômica no Brasil apontam crescimento, mas abaixo das expectativas.
Dólar registra baixa no início do dia
Por volta das 9h05, o dólar recuava 0,29%, sendo cotado a R$ 5,4465. Na véspera, a moeda havia fechado em R$ 5,4694, com recuo de 0,13%.
A queda do dólar reflete a cautela dos investidores diante do encontro entre representantes do Brasil e dos Estados Unidos para discutir o chamado "tarifaço", que inclui impostos de até 50% sobre produtos brasileiros como carne, café, frutas e calçados.
Ibovespa inicia em alta
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, abriu o pregão desta quinta-feira em leve alta. Na véspera, o índice avançou 0,65%, atingindo 142.604 pontos.
O desempenho positivo reflete a combinação de avanço econômico local e a expectativa em torno das negociações comerciais internacionais.
Economia brasileira cresce, mas abaixo do esperado
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, registrou crescimento de 0,4% em agosto em relação a julho, interrompendo três meses consecutivos de queda. Apesar do avanço, o resultado ficou abaixo da expectativa do mercado, que previa 0,6%.
Na comparação anual, o crescimento foi de 0,1%, enquanto o acumulado em 12 meses atingiu 3,2%. O indicador considera dados da agropecuária, indústria, serviços e impostos sobre a produção.
Excluindo o setor agropecuário, o índice geral teria avançado 0,4%.
Setores mostram sinais positivos apesar das tarifas
Em agosto, os dados do IBGE mostraram recuperação em alguns setores:
O crescimento ocorre mesmo após a implementação de tarifas de 50% pelos EUA sobre produtos brasileiros, afetando carne, café, frutas e calçados.
Política monetária e expectativas para o PIB
O Banco Central manteve a taxa Selic em 15% ao ano, indicando que a taxa deve permanecer nesse patamar por período prolongado para controlar a inflação.
De acordo com a pesquisa Focus, as previsões de crescimento do PIB são:
Fonte: Portal do Agronegócio