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16-10-2025

Mercado global de açúcar sofre pressão com abundância de oferta e queda do petróleo

O mercado internacional de açúcar registrou oscilações nesta quinta-feira (16), com leves altas nos contratos futuros em Nova Iorque, seguidas por uma queda no fechamento do pregão eletrônico. Os contratos para março de 2026 chegaram a 15,76 centavos por libra-peso (+0,45%), maio a 15,24 centavos (+0,46%) e julho a 15,09 centavos (+0,53%). No entanto, no fechamento, o açúcar bruto para março/2026 caiu para 15,69 centavos (-1,2%), e maio/2026 para 15,17 centavos (-1,3%), refletindo a pressão de uma oferta global abundante e o enfraquecimento dos preços do petróleo, que tornam o etanol menos atrativo e podem aumentar a disponibilidade de açúcar.

Em Londres, a commodity apresentou leve queda, sendo negociada a US$440,00 por tonelada (-0,02%) no contrato para dezembro de 2025.

Produção global robusta pressiona preços

A expectativa de excedentes globais de açúcar segue pressionando os mercados. O BMI Group projetou um excedente de 10,5 milhões de toneladas para a safra 2025/26, enquanto a Covrig Analytics estimou um superávit de 4,1 milhões de toneladas. Nos últimos sete meses, os preços do açúcar têm enfrentado forte volatilidade, impulsionada principalmente pelo aumento da produção em grandes países produtores.

No Brasil, segundo a Unica, a produção de açúcar no Centro-Sul na primeira quinzena de setembro cresceu 15,7% em relação ao mesmo período de 2024, atingindo 3,622 milhões de toneladas. A proporção de cana moída destinada à produção de açúcar subiu para 53,49%, ante 47,74% do ano anterior. Apesar disso, a produção acumulada da safra 2025/26 até meados de setembro caiu ligeiramente (-0,1%), totalizando 30,388 milhões de toneladas.

Índia e Tailândia devem elevar exportações

Na Índia, a safra 2025/26 também deve ser robusta, com aumento de 19% na produção, projetando 34,9 milhões de toneladas de açúcar, segundo a Federação Nacional de Fábricas Cooperativas de Açúcar. Esse crescimento ocorre após a queda de 17,5% em 2024/25, quando a produção atingiu 26,2 milhões de toneladas, mínima em cinco anos, de acordo com a ISMA (Associação Indiana de Usinas de Açúcar).

A produção de etanol pode desviar 4 milhões de toneladas de açúcar, mas o volume não será suficiente para eliminar o excedente. As exportações indianas podem chegar a 4 milhões de toneladas, superando a estimativa inicial de 2 milhões de toneladas, reforçando a pressão sobre os preços globais.

Na Tailândia, a Thai Sugar Miller Corp. projeta crescimento de 5% na safra 2025/26, alcançando 10,5 milhões de toneladas. O Escritório do Conselho de Cana e Açúcar da Tailândia registrou aumento de 14% na produção de 2024/25, totalizando 10 milhões de toneladas.

Impactos do petróleo e do etanol sobre o mercado

As perdas recentes nos preços do petróleo têm influência direta sobre o açúcar, já que tornam o etanol menos competitivo. Com o Brasil prestes a concluir mais uma grande safra e as perspectivas de crescimento da produção na Ásia, o mercado segue pressionado por abundância global, resultando em volatilidade nos contratos futuros de açúcar.

Fonte: Portal do Agronegócio

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