A indústria de carne suína adotou uma postura comedida nas negociações, mantendo os preços estáveis tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes vendidos no atacado. A cautela ocorre diante de um cenário em que o atacado não apresenta espaço para recuperação, segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia.
Oferta controlada e competitividade ajudam a sustentar preços
Segundo Maia, o ambiente para a segunda quinzena apresenta possível desaceleração da demanda tanto na ponta final quanto na reposição. Por outro lado, a competitividade da carne suína em relação à carne de frango tem se mostrado favorável, ajudando na manutenção de preços.
“Os suinocultores buscaram sustentação de preços, mantendo a oferta de animais controlada”, explica o analista.
Além disso, exportações aceleradas, puxadas principalmente pelas compras das Filipinas, contribuem para reduzir a oferta no mercado interno. Os custos com nutrição permanecem sob controle, representando outro fator favorável ao setor.
Preços da carne suína permanecem estáveis no país
De acordo com levantamento de Safras & Mercado, os preços médios da semana foram:
Na arroba suína em São Paulo, o preço se manteve em R$ 166,00. Em outros estados:
Exportações continuam em ritmo sólido
As exportações brasileiras de carne suína “in natura” renderam US$ 105,327 milhões em outubro (8 dias úteis), com média diária de US$ 13,165 milhões. A quantidade total exportada foi de 41,920 mil toneladas, média diária de 5,240 mil toneladas, e o preço médio ficou em US$ 2.512,6.
Em relação a outubro de 2024, houve pequenas quedas:
Segundo especialistas, a estabilidade nos preços internos, aliada ao ritmo de exportações, contribui para a manutenção do equilíbrio na cadeia suinícola, mesmo diante de possíveis desafios na demanda doméstica.
Fonte: Portal do Agronegócio