As exportações brasileiras de carne bovina — incluindo produtos in natura, frescos e congelados — ultrapassaram 201,3 mil toneladas até a terceira semana de outubro de 2025, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (20) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O resultado indica um ritmo acelerado de embarques, embora o volume total ainda esteja abaixo das 270,2 mil toneladas exportadas em todo o mês de outubro do ano passado.
Média diária exportada cresce mais de 26% em um ano
A média diária de exportações de carne bovina alcançou 15,4 mil toneladas nas três primeiras semanas do mês, um aumento de 26,1% em relação ao mesmo período de 2024, quando a média diária era de 12,2 mil toneladas.
Esse avanço mostra a manutenção da demanda internacional pelo produto brasileiro, com destaque para mercados que seguem aquecidos, como China, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos.
Receita com exportações já ultrapassa US$ 1,1 bilhão
O faturamento acumulado com as exportações de carne bovina somou US$ 1,108 bilhão até a terceira semana de outubro. O valor já representa mais da metade da receita total registrada em outubro de 2024, quando o país arrecadou US$ 1,259 bilhão.
Na média diária, a receita atingiu US$ 85,28 milhões, crescimento expressivo de 48,9% na comparação anual — no mesmo período do ano passado, a média era de US$ 57,26 milhões por dia.
Preço médio da carne bovina sobe 18% no comparativo anual
Os preços médios da carne bovina exportada também registraram valorização. Até a terceira semana de outubro, o valor médio pago pelo produto foi de US$ 5.506,3 por tonelada, o que representa alta de 18,1% em relação ao mesmo período de 2024, quando a média era de US$ 4.661,7 por tonelada.
O aumento reflete maior valorização do produto brasileiro no mercado internacional, impulsionada pela qualidade da carne e pela retomada de contratos com parceiros estratégicos.
Panorama indica otimismo para o fechamento de outubro
Com embarques firmes, preços valorizados e receita crescente, as exportações de carne bovina brasileira devem encerrar outubro em patamar elevado, reforçando a importância do setor nas contas externas do agronegócio.
O desempenho também demonstra resiliência da indústria frigorífica nacional, mesmo diante de oscilações cambiais e de ajustes no consumo global.
Fonte: Portal do Agronegócio