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03-12-2025

Cacau recua em Londres e Nova York com demanda enfraquecida

Os contratos futuros do cacau registraram queda nesta terça-feira (2) nas bolsas internacionais, refletindo a preocupação com o enfraquecimento da demanda global pelo produto. Em Londres, as cotações do cacau na ICE Futures Europe recuaram 57 libras, ou 1,4%, sendo negociadas a 4.036 libras por tonelada métrica.

Apesar do recuo, os preços seguem acima da mínima recente de quase dois anos, de 3.650 libras, atingida na semana passada.

Processamento europeu diminui e reforça sinal de consumo em baixa

De acordo com operadores do mercado, há expectativa sobre uma nova redução nas moagens de cacau durante a temporada 2025/26 (outubro a setembro), o que reforça a preocupação com o consumo industrial.

No ciclo anterior (2024/25), o processamento de cacau na Europa caiu 5,3%, refletindo custos elevados e margens mais apertadas para fabricantes de chocolate. Esse movimento tem contribuído para limitar o ímpeto de alta nos preços, mesmo diante de um cenário de oferta ainda ajustada.

Clima melhora na Costa do Marfim e favorece safra principal

Outro fator que pressiona as cotações é a melhora nas condições climáticas na Costa do Marfim, principal produtor mundial de cacau. As chuvas mais regulares observadas nas últimas semanas aumentam as projeções de produtividade para o final da safra 2025/26, o que pode elevar a oferta global da commodity.

Oferta global mostra leve recuperação, segundo o Commerzbank

Em relatório divulgado nesta terça, o Commerzbank destacou que a Organização Internacional do Cacau (ICCO) estima um excedente de 49 mil toneladas na safra 2024/25, após o grande déficit de 489 mil toneladas registrado em 2023/24.

O banco alemão avaliou que essa recuperação de oferta indica um ajuste mais lento do que o esperado e sugeriu que a forte queda dos preços nos últimos meses pode ter sido exagerada.

Cacau também cai em Nova York

Na ICE Futures U.S., em Nova York, os preços do cacau acompanharam o movimento negativo e encerraram o dia em queda de 1,8%, cotados a US$ 5.455 por tonelada.

O mercado segue atento à evolução da demanda nos principais centros consumidores e às condições climáticas nas regiões produtoras da África Ocidental, que continuam determinando o ritmo de volatilidade da commodity.

Fonte: Portal do Agronegócio

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