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03-12-2025

La Niña deve marcar a safra 2025/26

As projeções meteorológicas indicam a formação de um La Niña fraco e de curta duração, com maior intensidade entre novembro e dezembro. A partir do início de 2026, o fenômeno deve perder força e dar lugar à neutralidade climática. O cenário, de modo geral, é positivo para a safra de verão no Brasil, embora haja preocupação com uma possível redução das chuvas no extremo sul do país em dezembro. Mesmo assim, as expectativas permanecem favoráveis tanto para o Brasil quanto para a Argentina ao longo do ciclo produtivo.

Nos Estados Unidos, a safra 2025/26 de soja encolheu devido à menor área plantada. Com oferta reduzida e maior concorrência do grão sul-americano, as exportações devem chegar a 44,5 milhões de toneladas. Mesmo após a divulgação de um acordo comercial com a China, o USDA cortou a projeção de embarques norte-americanos. Analistas avaliam que, se os chineses não acelerarem as compras para alcançar a meta de 12 milhões de toneladas prevista no pacto, os preços na Bolsa de Chicago podem perder força conforme novas informações cheguem ao mercado.

A janela para aquisição da soja dos EUA também é limitada. Os contratos fechados agora só devem resultar em embarques a partir de dezembro, com chegada prevista entre o fim de janeiro e meados de fevereiro. Depois desse período, o Brasil ganha competitividade, com custos mais baixos e possibilidade de oferta antecipada em 2026 graças ao avanço do plantio.

Com o acordo entre Estados Unidos e China definido, o foco do mercado volta a se concentrar no andamento da safra sul-americana, especialmente no Brasil. O ritmo das compras chinesas e o desempenho das exportações americanas devem trazer volatilidade às cotações.

No cenário global, a produção de soja pode alcançar patamares elevados, sustentada pelas boas expectativas para Brasil e Argentina, o que tende a manter os estoques mundiais confortáveis. Para o produtor brasileiro, porém, o ambiente segue desafiador: salvo alguma quebra significativa de safra, hipótese que, por ora, não está no radar, a previsão é de preços e margens pressionados ao longo da temporada 2025/26.

Fonte: O Presente Rural com informações Consultoria Agro Itaú BBA

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