Organização Internacional do Açúcar (ISO) projeta um superávit global de 1,625 milhão de toneladas para o ciclo 2025/26

O mercado do açúcar opera em campo positivo nesta sexta-feira, com o contrato março/26 negociado a 14,71 cents de dólar por libra-peso (+0,34%), o maio a 14,26 cents (+0,49%) e o julho a 14,19 cents (+0,42%) em Nova Iorque. Em Londres, o adoçante é cotado a US$ 421,70 por tonelada (+0,40%) no contrato março/26.
Segundo análise da Barchart, os preços do açúcar encerraram a quinta-feira praticamente estáveis, consolidando os ganhos recentes. Na quarta-feira, as cotações haviam alcançado o maior nível em três semanas e meia, impulsionadas pela possibilidade de o governo da Índia elevar o preço do etanol utilizado na mistura com gasolina. A medida poderia incentivar as usinas indianas a destinar mais cana-de-açúcar à produção de etanol, reduzindo a oferta de açúcar no mercado global.
A primeira revisão da Organização Internacional do Açúcar (ISO) para o ciclo 2025/26 projeta um superávit global de 1,625 milhão de toneladas, revertendo o déficit estimado anteriormente e apontando para um mercado apenas “modestamente confortável”.
Para 2024/25, o déficit mundial foi revisado de 4,879 milhões para 2,916 milhões de toneladas, refletindo o avanço da colheita nos países do Hemisfério Sul. A produção global deve atingir 181,77 milhões de toneladas em 2025/26, alta de 5,55 milhões em relação à safra anterior, puxada pela recuperação na Índia, Tailândia e Paquistão. O consumo deve alcançar 180,142 milhões de toneladas, crescimento de 0,56%. A ISO destacou que o uso mundial já havia atingido recorde histórico em 2023/24, com 181,207 milhões de toneladas.
Apesar da projeção de superávit, os estoques globais seguem apertados. A relação estoque/uso deve cair para 52,74%, o menor nível em nove anos, enquanto o estoque ajustado, que desconta as perdas de refino, pode recuar para menos de 43%, o menor patamar em 15 anos.
Por: Ericson Cunha
Fonte: Notícias Agrícolas