Na B3, os principais vencimentos encerraram o dia em alta
Agrolink - Leonardo Gottems
O mercado brasileiro de milho iniciou a semana com avanço nas negociações, em meio ao movimento de cautela provocado pelos atrasos do plantio de soja em algumas regiões. A percepção de uma janela mais estreita para a segunda safra levou analistas a incorporar um prêmio de risco aos contratos, em um cenário de demanda interna fortalecida, segundo a TF Agroeconômica.
De acordo com informações compiladas pela consultoria a partir de dados do Cepea, a procura doméstica aumentou na semana passada, impulsionando os preços na maior parte das regiões acompanhadas. Consumidores que vinham operando com estoques ou aguardando desvalorizações retornaram ao mercado para recompor volumes e se preparar para o final de 2025, período em que a liquidez costuma diminuir diante da paralisação de transportadoras.
Na oferta, produtores focados na semeadura da safra de verão e atentos ao ritmo da demanda reduziram o volume disponível para entrega imediata, favorecendo a alta das cotações. A paridade de exportação e o bom ritmo dos embarques também dão suporte aos vendedores. Para os próximos meses, a entrada da safra dos Estados Unidos, a necessidade de liberar armazéns no país e o estoque de passagem elevado podem limitar novos avanços.
Na B3, os principais vencimentos encerraram o dia em alta. Janeiro de 2026 fechou a R$ 74,20, março ficou em R$ 75,97 e maio terminou a R$ 75,18, todos registrando ganhos. Em Chicago, o milho caiu com realização de lucros e pressão vinda do farelo de soja, da reta final do plantio brasileiro e do movimento técnico observado nos Estados Unidos.