O contrato de janeiro caiu 0,29%
Agrolink - Leonardo Gottems
A soja negociada na Bolsa de Chicago encerrou o pregão em baixa, refletindo a preocupação com a ausência de novas compras chinesas desde a última sexta-feira. O mercado acompanha com cautela o ritmo lento das negociações em um momento considerado decisivo para o cumprimento do compromisso de 12 milhões de toneladas anunciado recentemente. A falta de avanços tem ampliado a percepção de que o objetivo pode não ser alcançado, o que pressiona as cotações em um cenário já marcado por menor competitividade da oleaginosa dos Estados Unidos.
O contrato de janeiro caiu 0,29% para 1124,75 cents por bushel, enquanto março recuou 0,26% para 1135,00 cents. No segmento de derivados, o farelo para dezembro perdeu 0,80% e fechou a 308,6 dólares por tonelada curta. O óleo de soja apresentou movimento oposto e avançou 0,56%, encerrando o dia a 52,35 cents por libra-peso.
As análises indicam que estimativas de compras chinesas variam entre 18% e 33% do total previsto, ritmo insuficiente para atingir a meta no prazo. A diferença de preço entre a soja americana e a brasileira, que permanece entre 70 e 80 cents por bushel mesmo com eventual retirada da tarifa retaliatória, reduz o interesse dos compradores e limita a competitividade dos Estados Unidos no curto prazo. Avaliações destacam que atingir o volume prometido exigiria reservas superiores a 2 milhões de toneladas por semana até o fim do ano, algo considerado inviável. Grande parte do que foi efetivamente adquirido tem sido direcionado à estatal chinesa, enquanto os esmagadores privados seguem fora do mercado.