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10-03-2025

Mercado interno do algodão reage após o Carnaval com alta nas cotações

Após um período de menor movimentação devido ao feriado de Carnaval, o mercado interno de algodão registrou recuperação nas cotações, impulsionado pela retração dos produtores e pela valorização da commodity na Bolsa de Nova York. Segundo a Consultoria Safras & Mercado, a demanda interna reapareceu de forma tímida, com compradores atuando conforme a necessidade, enquanto os vendedores mantiveram postura cautelosa.

No mercado paulista, o preço do algodão colocado na indústria subiu para R$ 4,19 por libra-peso, um avanço de 0,96% em relação aos R$ 4,15 da semana anterior. Em Rondonópolis (MT), o valor pago ao produtor atingiu R$ 4,03 por libra-peso (equivalente a R$ 131,15 por arroba), representando um aumento de 1,77% na comparação com os R$ 3,96 por libra-peso (ou R$ 130,84 por arroba) da quinta-feira anterior (27).

Tarifa chinesa sobre algodão dos EUA pode favorecer Brasil

Medida fortalece competitividade do produto brasileiro no mercado global

A decisão da China de impor uma tarifa de 15% sobre as importações de algodão dos Estados Unidos já provoca impactos no mercado internacional, refletindo-se na Bolsa de Nova York, onde os preços da commodity registraram queda. Segundo o analista da Safras & Mercado, Gil Barabach, a nova tarifa dificulta a comercialização do algodão norte-americano para a China, o maior consumidor mundial da fibra natural.

“Se a China estabelece um imposto de 15% sobre o algodão dos Estados Unidos, as vendas para esse mercado se tornam mais desafiadoras”, explica Barabach. Esse cenário beneficia diretamente o Brasil, que se consolida como o maior exportador global de algodão, ampliando ainda mais sua presença no mercado chinês.

A expectativa é de que a demanda chinesa pelo algodão brasileiro aumente significativamente, tornando o produto nacional ainda mais competitivo frente ao norte-americano. “Com essa tarifa, o Brasil ganha espaço no mercado, ocupando parte do volume antes destinado aos Estados Unidos”, destaca o analista.

Outro reflexo dessa movimentação pode ser a valorização do prêmio pago pelo algodão brasileiro nos portos, especialmente no Porto de Santos, principal ponto de escoamento da fibra. “Com a maior procura por parte dos compradores chineses, a tendência é de que o prêmio pago pelo algodão nacional aumente”, avalia Barabach. Ainda que os efeitos da tarifa já sejam sentidos na Bolsa de Nova York, no Brasil, a reabertura do mercado e o período de entressafra podem intensificar essa valorização nos próximos meses, reforçando a posição do país como principal fornecedor global da fibra.

Fonte: Portal do Agronegócio

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