O mercado do café segue volátil e iniciou esta terça-feira (11) com ganhos moderados nas bolsas internacionais. A oferta limitada e as condições climáticas continuam influenciando a valorização do grão.
Segundo informações do Barchart, os estoques monitorados pela ICE registraram aumento nesta segunda-feira (10). O arábica alcançou uma alta de uma semana, totalizando 799.406 sacas, enquanto os estoques de robusta subiram para um patamar de um mês na sexta-feira (07), chegando a 4.356 lotes.
No Brasil, um boletim do Escritório Carvalhaes destaca um cenário apertado para o segundo semestre do ano-safra (janeiro a junho), o que pode dificultar o abastecimento do mercado interno e das exportações nos próximos meses. Há um consenso entre os agentes do setor de que restam poucos volumes da safra atual em posse dos produtores. Até maio, o consumo interno brasileiro, estimado em aproximadamente 1,7 milhão de sacas por mês, precisará ser atendido junto com as exportações previstas para março, abril, maio e junho.
De acordo com a Pine Agronegócios, as condições das lavouras se mantêm semelhantes às de 2024, mas os índices de precipitação estão muito abaixo do ideal. Caso a escassez de chuvas persista, o inverno pode apresentar um dos piores níveis de umidade do solo dos últimos anos, impactando diretamente as gemas florais e aumentando o risco de redução da produtividade para a safra de 2026.
A Somar Meteorologia relatou que Minas Gerais, principal estado produtor de café arábica, registrou apenas 1,1 mm de chuvas na semana encerrada em 8 de março, o que corresponde a apenas 2% da média histórica para o período.
A previsão do Climatempo para a próxima semana indica chuvas concentradas na metade norte do Brasil, com volumes mais significativos sobre regiões produtoras de café em Minas Gerais, Espírito Santo e no centro-sul da Bahia. Episódios moderados de precipitação também são esperados na Alta Mogiana paulista, enquanto as demais áreas do centro-sul devem enfrentar tempo seco e aumento nas temperaturas.
Por volta das 8h50 (horário de Brasília), os contratos futuros do café arábica registravam movimentação variada. O vencimento para março/25 operava em baixa de 85 pontos, cotado a 389,35 cents/lbp. O contrato para maio/25 subia 220 pontos, negociado a 386,20 cents/lbp, enquanto julho/25 apresentava alta de 210 pontos, chegando a 376,80 cents/lbp. Já o contrato para setembro/25 registrava ganho de 245 pontos, cotado a 368,10 cents/lbp.
No mercado de robusta, os contratos registravam avanços expressivos. O vencimento para março/25 teve alta de US$ 22, cotado a US$ 5.364/tonelada. O contrato de maio/25 subiu US$ 42, chegando a US$ 5.417/tonelada, enquanto julho/25 e setembro/25 registraram ganhos de US$ 45, negociados a US$ 5.387/tonelada e US$ 5.321/tonelada, respectivamente.
Fonte: Portal do Agronegócio