O Plano Safra 2024/25 será marcado por um volume recorde de recursos destinados ao financiamento dos produtores brasileiros, totalizando R$ 475,56 bilhões. Esse montante representa um aumento de 9% em comparação à safra anterior, que ofereceu R$ 435,8 bilhões.
Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, o crescimento dos recursos em 9% acompanha uma redução de 9% no custo de produção esperado para a próxima safra. Isso resultará em uma cobertura de área 20% maior em relação ao Plano Safra anterior.
Para a agricultura empresarial (médios e grandes produtores), estão reservados R$ 400,585 bilhões, um aumento de 10% em relação aos R$ 364,22 bilhões disponibilizados na safra passada. Já para a agricultura familiar, os recursos cresceram 4,7%, passando de R$ 71,6 bilhões para R$ 74,98 bilhões.
Detalhes Financeiros e Econômicos
O volume total de recursos do Plano Safra 2024/25 está alinhado com a demanda estimada pelas instituições financeiras, que previam necessidades de crédito rural de até R$ 500 bilhões. Este aumento é visto como crucial, considerando a restrição de crédito enfrentada pelos produtores, especialmente os pequenos e médios, devido à queda na rentabilidade e à aversão ao risco.
Custos de Produção e Incentivos
Os custos de produção da soja e do milho para a próxima safra foram detalhados, destacando uma redução significativa nos custos por saca. O governo também está incentivando práticas ambientais sustentáveis, oferecendo descontos nos juros para produtores que adotarem tais práticas.
Estratégias do BNDES e Suplementação ao Seguro Rural
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desempenhará um papel crucial no Plano Safra, com linhas dolarizadas para custeio e investimento. Além disso, a suplementação ao orçamento da subvenção ao seguro rural está em fase final de definição, com detalhes a serem anunciados em breve.
Lançamento e Expectativas
Todos os detalhes do Plano Safra 2024/25 serão oficialmente apresentados em uma cerimônia no Palácio do Planalto na próxima quarta-feira, 3 de julho, às 15h.
Fonte: Portal do Agronegócio