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06-09-2024

Preços dos alimentos no Rio Grande do Sul recuam 4% desde pico das enchentes

Tomate apresenta queda significativa de 50% e cesta básica permanece ligeiramente acima dos níveis pré-inundações

Os preços da cesta básica de alimentos no Rio Grande do Sul mostraram uma queda de 4% em agosto, em relação ao pico registrado durante as enchentes que impactaram fortemente os preços dos alimentos. Segundo o Boletim de Preços Dinâmicos da Receita Estadual, divulgado nesta semana pela Secretaria da Fazenda (Sefaz), o valor médio da cesta, que representa 98% do consumo dos gaúchos, fechou agosto em R$ 254,32. Apesar da redução, o valor médio ainda está um pouco acima dos R$ 247,69 observados em abril, antes das enchentes.

O levantamento, baseado nas notas fiscais eletrônicas, revelou que a região Jacuí Centro, que inclui cidades como Cachoeira do Sul e São Sepé, apresentou o menor preço médio da cesta de alimentos, com R$ 233,82. Em contraste, a região das Hortênsias teve o custo mais alto, com uma média de R$ 298,77. Na Região Metropolitana de Porto Alegre, a cesta foi avaliada em R$ 252,80, ainda abaixo da média estadual.

Desempenho dos produtos

Entre os grupos alimentícios, as hortaliças registraram a maior queda, com uma redução de 35%, alcançando uma média de R$ 5,98 em agosto, comparado aos R$ 9,12 em maio. O preço das frutas também caiu desde o pico das enchentes, mas teve uma leve alta de 4% em relação a julho. Em agosto, a região Norte apresentou a cesta de frutas mais barata, com custo médio de R$ 6,41, enquanto a região Sul teve o preço mais alto, com R$ 8,36.

Analisando os preços individuais, a batata-inglesa teve uma das maiores reduções, com o preço do quilo caindo para R$ 6,68, uma diminuição de 26% em relação ao mês anterior. Em comparação a maio, quando o preço médio foi de R$ 9,49, a queda chega a 30%. O menor preço registrado em agosto foi de R$ 5,60, na região da Fronteira Oeste.

O tomate também apresentou uma significativa redução, com o preço médio caindo para R$ 4,99, o que representa uma queda de 50% em relação a maio, quando o valor foi o mais alto dos últimos 12 meses. O preço médio do arroz no Estado atingiu R$ 5,58 em agosto, 4% abaixo do pico registrado durante as enchentes. O feijão preto, por sua vez, atingiu o menor preço de 2024, com o quilo a R$ 7,79, uma redução de 13% em comparação a maio.

Entre os cortes de carne bovina, a paleta continuou sendo o mais barato, mantendo-se estável em R$ 27,90 por quilo. A carne moída de segunda também permaneceu competitiva, com uma média de R$ 26,49. Os ovos de galinha tiveram um recuo de 11% em agosto em relação a maio, e o leite apresentou uma redução média de R$ 0,10, alcançando R$ 4,69.

O subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, destacou que a ferramenta de monitoramento de preços permite um acompanhamento detalhado da evolução dos preços, beneficiando pesquisadores, empresários e cidadãos. “A sociedade tem acesso a dados que ajudam a entender as variações de preços que afetam diretamente o seu cotidiano”, afirmou.

O Boletim de Preços Dinâmicos da Receita Estadual, lançado oficialmente durante a Expointer, é atualizado mensalmente e oferece informações detalhadas sobre os preços dos alimentos em todas as regiões do Estado. Em breve, a ferramenta permitirá a consulta diária dos 49 alimentos monitorados pela Sefaz.

Fonte: Portal do Agronegócio

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