Os contratos futuros de açúcar apresentaram resultados mistos nesta segunda-feira (16) nas principais bolsas internacionais, refletindo a alta nos preços do petróleo e a valorização do real frente ao dólar. Esses fatores exerceram pressões variadas sobre o mercado, com influências que vão desde a oferta limitada de petróleo até a desvalorização da moeda norte-americana.
De acordo com o portal Barchart, a elevação dos preços do petróleo foi impulsionada pela escassez global do produto, agravada pelas tensões geopolíticas na Líbia. As negociações mediadas pela ONU não conseguiram resolver o impasse sobre o controle do banco central do país, o que resultou em uma significativa redução nas exportações de petróleo bruto.
No mercado cambial, a desvalorização do dólar, cotado a R$ 5,51, também contribuiu para a alta dos futuros do açúcar. A valorização do real desestimula as exportações dos produtores brasileiros, o que, por sua vez, afeta os preços internacionais da commodity.
Desempenho nas bolsas internacionais
Na ICE Futures, em Nova York, o açúcar bruto registrou valorização. O contrato com vencimento em outubro de 2024 subiu 17 pontos, fechando a 19,18 centavos de dólar por libra-peso. Já o contrato para março de 2025 teve um avanço de 18 pontos, encerrando o dia a 19,59 centavos de dólar por libra-peso.
Por outro lado, na ICE Futures Europe, em Londres, o açúcar branco apresentou queda. O contrato com vencimento em outubro de 2024 recuou US$ 4,90, fechando a US$ 523,00 por tonelada. O contrato para dezembro de 2024 também teve leve baixa de US$ 1,10, terminando o dia cotado a US$ 519,80 por tonelada.
Mercado doméstico de açúcar cristal
No mercado interno, o açúcar cristal registrou alta, segundo o Indicador Cepea/Esalq. As usinas negociaram a saca de 50 quilos a R$ 142,40, representando um aumento de 1,38%.
Etanol hidratado também em alta
O etanol hidratado também apresentou valorização, de acordo com o Indicador Diário de Paulínia. O produto atingiu R$ 2.488,00 por metro cúbico, o que corresponde a um leve aumento de 0,14% no preço.
Fonte: Portal do Agronegócio