Os preços da soja registram forte alta na manhã desta quarta-feira (18) na Bolsa de Chicago, impulsionados pela preocupação com o clima desfavorável no Brasil. Por volta das 6h30 (horário de Brasília), os contratos mais negociados subiam mais de 12 pontos, com a posição de novembro cotada a US$ 10,18 e o contrato de maio – referência para a nova safra brasileira – a US$ 10,66 por bushel.
A valorização da soja reflete o movimento dos seus derivados, como farelo e óleo, que também apresentaram ganhos superiores a 1% nos principais contratos. O óleo de soja voltou a superar os 40 centavos de dólar por libra-peso, com o contrato de dezembro sendo negociado a 40,33 centavos/lb, enquanto o farelo atingiu US$ 325,90 por tonelada curta.
Além da soja, outras commodities agrícolas também registraram ganhos generalizados nesta quarta-feira, em um cenário em que o mercado financeiro está atento à decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros nos Estados Unidos. No Brasil, o foco está no Comitê de Política Monetária (Copom) e nas perspectivas para a taxa Selic, ambos com potencial de influenciar diretamente o mercado cambial.
Os investidores seguem acompanhando de perto as condições climáticas no Brasil, que ainda dificultam o início efetivo do plantio da soja no Centro-Oeste, devido à escassez de chuvas. No Paraná, as atividades de plantio já começaram, embora de forma cautelosa por parte dos agricultores.
As previsões climáticas indicam que estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, além de áreas do Sudeste e da região do Matopiba, devem receber chuvas regulares apenas a partir de outubro. Com isso, a semeadura poderá ganhar ritmo de forma mais consistente somente a partir desse período. Até lá, o prêmio de risco climático continua sendo incorporado aos preços em Chicago, com foco na nova safra do maior produtor mundial de soja.
Na terça-feira, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou sua primeira estimativa para a safra 2024/25 de soja no Brasil, projetando uma produção de 166,2 milhões de toneladas, três milhões a menos do que a previsão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Fonte: Portal do Agronegócio
