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19-09-2024

Clima Favorável Pode Impulsionar Área de Algodão na 1ª Safra no Brasil

O cenário climático promete benefícios para a expansão da área dedicada ao algodão na primeira safra brasileira. O Agro Mensal de setembro, elaborado pela Consultoria Agro do Itaú BBA, destaca os últimos acontecimentos e atualizações das perspectivas para as principais commodities agrícolas, incluindo o algodão.

Os preços do algodão em Nova Iorque fecharam agosto com uma quinta queda mensal consecutiva, fixando-se em USDc/lb 68,10, uma redução de 1%. No mercado interno, a tendência de desvalorização observada em agosto continuou, mas as cotações iniciaram setembro em estabilidade. A colheita nacional está na reta final e deverá estabelecer um novo recorde devido ao aumento da área cultivada. Com a maior oferta interna, o prêmio de exportação passou a apresentar valores negativos.

Apesar da diminuição na condição das lavouras americanas e da expectativa de redução na produção dos EUA em comparação ao início da safra, os preços do algodão têm sido limitados pela baixa valorização do petróleo e pela demanda global morna. As compras chinesas de algodão dos EUA estão aquém do habitual. Embora os primeiros dias de setembro tenham mostrado uma leve alta nos preços internacionais, essa tendência deve ser moderada pela colheita em curso nos EUA e pelo impacto contínuo dos preços do petróleo.

Após um breve avanço em julho, os preços da fibra recuaram em agosto e permanecem estáveis em setembro, pressionados pela oferta abundante e pela demanda fraca. O dólar valorizado tem funcionado como um contrapeso, mantendo a paridade de exportação e evitando quedas acentuadas nos preços internos.

De acordo com a Conab, a colheita do algodão alcançou 98,5%, com produtividades positivas, mas em média inferiores à safra anterior. O IMEA reportou um aumento de 21,6% na área plantada em Mato Grosso, embora a produtividade deva ser 6,4% menor. O avanço da colheita e a necessidade de exportação com uma safra recorde devem continuar pressionando os preços internos, com o prêmio de exportação recentemente caindo para valores negativos, próximos a USDc/lb - 2,0.

A atualização do USDA para setembro reduziu a previsão de produção global de algodão, devido a revisões para baixo na produção dos EUA, Índia e Paquistão. Na Índia e no Paquistão, a área semeada ficou abaixo das expectativas até agosto. O atraso das chuvas para a safra de verão pode levar a um aumento na área destinada ao algodão na primeira safra. É importante monitorar a volatilidade dos preços do petróleo e a taxa de câmbio.

O USDA revisou para baixo a produtividade dos campos de algodão americanos, resultando em uma previsão de produção 100 mil toneladas menor que a divulgada em agosto. Na Índia, houve revisões na área e na produtividade, e o mesmo ocorreu no Paquistão. As chuvas intensas e inundações na Índia e em Bangladesh podem impactar negativamente a produção final.

O atraso das chuvas para o plantio da safra de verão em Mato Grosso pode levar os produtores a priorizar o algodão em vez da soja na primeira safra, dado que a janela para o plantio da safrinha de algodão pode ficar bastante apertada. Embora haja sinais de aumento na produção de petróleo e incertezas econômicas globais, a suspensão da produção na Líbia e a escalada do conflito no Oriente Médio podem contrabalançar a baixa dos preços do combustível. No cenário atual, o viés para a curva de preços domésticos do algodão continua ligeiramente negativo.

Fonte: Portal do Agronegócio

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